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Segurança nas padarias: uma luta pela vida e dignidade dos trabalhadores

As padarias, conhecidas por seu ambiente familiar e acolhedor, escondem uma realidade que poucos conhecem. Apesar de produzirem alimentos deliciosos, esses espaços de trabalho também podem ser palco de graves acidentes, muitos dos quais a sociedade desconhece.

Desde a segunda metade da década de 1970, iniciamos uma luta incessante para que a saúde e a segurança nos ambientes de trabalho fossem tratadas com a seriedade que merecem pelas autoridades competentes. Foi essa luta que resultou na criação da NR-12, uma norma regulamentadora que se tornou referência em segurança no trabalho, apesar das tentativas recentes e absurdas de sua revogação.

A Febrapan tem batalhado continuamente pela modernização dos equipamentos nas padarias, visando reduzir as mutilações no setor e melhorar a manipulação dos alimentos, protegendo a qualidade de vida dos trabalhadores. É vital que os profissionais redobrem a atenção para as condições em que trabalham.

Trabalhar é essencial para viver, mas não podemos aceitar salários baixos, condições precárias e, além de tudo, o risco de perder partes do corpo, a dignidade, a saúde e, em casos extremos, a própria vida.

Por: Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e da Febrapan (Federação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação).

Editorial A apropriação indevida de uma nação

A arte de se apropriar indevidamente de uma nação: Vivemos em Brasil que não é dos brasileiros

No dia 30 de outubro de 2022, mais de 60 milhões de brasileiros elegeram de forma democrática nosso atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com a esperança de que chegasse ao fim uma era de desindustrialização do Brasil.

Desejando que seja possível a implementação de políticas que fortaleça a agricultura familiar no país, o fim da desigualdade social, com a criação de empregos, que haja uma distribuição de renda justa e o retorno do poder aquisitivo da população de baixa renda, e por consequência a redução da fome no país.

Que aconteça mais investimentos em tecnologia, pesquisa, que os estudantes tenham acesso à educação de qualidade, à volta da implementação de políticas públicas a favor da igualdade salarial entre mulheres e homens, a criação de mais políticas de proteção à mulher vítima de violência doméstica e que sejam aplicadas com rigor, para que a vítima seja acolhida com dignidade e respeito em casos de abusos sexual, entre tantos outros desejos, enfim, a existência de leis que levem mais dignidade, respeito e cidadania para população.

Direitos que nos foram tirados sem nenhuma responsabilidade, pelo antigo governo de extrema direita e fascista, que tentou acabar com os sindicatos dos empregados, o Ministério Público Federal do Trabalho, (que os defendiam) encerrando a fiscalização nas empresas como forma de garantir da aplicação das leis de trabalhistas, realizadas pela Justiça Federal do Trabalho e o Ministério do Trabalho, em conjunto. Retiram direitos trabalhistas como o uso indevido do FGTS dos trabalhadores, para pagar dívidas públicas, além, da falta de investimento em saneamento e moradia para os que não a têm, retirando o direito a saúde e moradia de qualidade dos mais necessitados.

O antigo governo cometeu genocídio negando à vacina e colaborou com a morte de milhares de trabalhadores, retardando a compra das vacinas contra COVID-19, e entre tantos absurdos cometidos nos últimos quatro anos a divulgação de Fake News, informações falsas, entre a população sobre a pandemia.

Dividiu famílias, vizinhos, igrejas difundiu o ódio, a mentira e fez com que os brasileiros perdessem a referência do que é certo, e o errado. Além, de politizar nossa amada Bandeira Nacional e seu símbolo.
Vendeu e destruiu milhares de hectares da Mata Atlântica, ação que disseminou grande parte da população indígena dos Yanomamis na Amazônia, ao liberar o garimpo ilegal em suas terras. O povo, escolheu um novo Presidente para que o passado fosse totalmente esquecido, mas já nos deparamos com um cenário cheio de “armadilhas” deixados pela a extrema direita, que estava no poder.

A independência do Banco Central do Brasil, entre tantas outras foi uma delas. E a lista de irregularidades e falta de respeito com população não parou, com fim do mantando do antigo governo.

O aumento dos preços da gasolina e do diesel feito pela Petrobras, pegou a população mais uma vez de surpresa, sugando os brasileiros quanto a distribuição de mais de 300 bilhões de reais para acionistas, banqueiros e capitalista estrangeiros.

Todo esse valor foi investido em que? Vimos que nenhum centavo foi para pesquisas em combustível ou para estudo de novas fontes de energia para que essa distribuição de dinheiro chegasse ao fim.

O presidente Lula, quer implementar uma política desenvolvimentista no país, mas encontrou barreiras, por que o atual presidente do Banco Central do Brasil – nomeado no antigo governo -, sugere taxas de juro absurdas, colocando o país na segunda posição de maior taxa do mundo (17,5%). E assim, inviabilizando qualquer investimento ou ação em prol da população.

Vou continuar citando mais absurdos que estão atrasando o crescimento do país … mais uma vez, a Petrobras, aprova o retorno do aumento do combustível, sem nenhuma medida do governo.

Porque estou me referindo a esse aumento? O reajuste é feito em dólar, mas nosso salário e calculado em reais, injusto não acham?

E, não para por aí! O Banco Central do Brasil (Bacen) aprovou o aumento do juro e não deseja baixar, mesmo com o apoio das mídias tradicionais: Rede Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Veja, Carta Capital, entre outras, ao expor esse absurdo em rede nacional.

Isso me faz pensar, que mais uma vez nosso país foi apropriado indevidamente, por banqueiros, que não estão preocupados com a sociedade …

Para cada ponto de aumento na taxa SELIC, são mais de R$ 50 bilhões de juros, pagos pelo Brasil a banqueiros locais e internacionais, consequentemente havendo mais um retrocesso de crescimento para a população: o aumento do aluguel e das prestações de bens adquiridos por nós.

Assim, temos um Banco Central, nas mãos de banqueiros nacionais e internacionais, e o povo continuar pagando essa conta interminável e sem expectativa de termos mudanças positivas em prol da fome, do desemprego e do acesso a saúde.
Voltamos para as mãos dos “verdadeiros estelionatários e abutres da nação”. Isso tem que acabar!

Ari Pereira